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Relato de Parto

Setembro chegou e eu tive que me afastar por conta das dores na coluna e da falta de ar que sentia com o peso do bebê sobre meus órgãos. Os dias se estendiam a passar, eu já tinha ganhado 13 kg, e estava exausta de estar grávida. Amava aquilo, mas já não aguentava mais! Queria poder ver meu bebê, sentir seu cheirinho, niná-lo, beijá-lo, e aquela barriga estava me impedindo!
Lia tantos artigos sobre estimular ocitocina natural no corpo pra induzir o parto normal, que se me falassem que comer abacate de ponta cabeça resolvia, certamente eu o faria! rsrs 
Cheguei a comer um pote de 2l de sorvete de creme com um pote de cerejas dentro, porque li que quando a grávida come algo que gosta muuuito, ela libera ocitocina natural ao corpo e aquilo ajuda a mulher entrar em contrações de parto! (Se é verdade eu não sei, mas comigo certamente resolveu! rs)
Um dia depois dessa loucura do sorvete, comecei a sentir algumas dores na pelve, achei suspeito e dei uma passada no hospital só pra garantir que estava tudo bem. Eu já estava com 1cm de dilatação e contrações espassadas, mas a obstetra que me atendeu sugeriu que na próxima necessidade de retorno, que eu retornasse direto para a maternidade que eu pretendia ganhar meu bebê, pois ela me assegurou que dentro de 3 dias ele iria nascer. Dito e feito. No mesmo dia, em torno das 18:00, as dores chegaram ao ápice, eram contrações mais acentuadas e demoradas, com intervalos menores de tempo e maior intensidade. Na contagem, contração de 1 minuto com intervalo de 3. 
Fomos até a maternidade e chegando lá, meu obstetra que era o plantonista! Deus nos reserva sempre o melhor momento para tudo e eu não tenho dúvida nenhuma disso! Entramos no consultório, disse a ele o que estava acontecendo, ele me examinou e eu tinha 2cm de dilatação (uma progressão pequena, mas ainda sim uma progressão). 
Ele disse pra eu ficar calma que aquilo eram apenas contrações de treinamento, afinal, eu estava de 38 semanas e ainda tinham mais 2 pela frente, mas que ele iria me medicar pra aliviar a contração e pediu uma cardiotoco, e depois de 2 horas reavaliar pra ver a progressão ou a regressão das contrações. Na cardiotoco, a enfermeira ficou abismada com a minha calma! E me assegurou que eu ganharia meu bebê ainda naquela noite, pois minhas contrações estavam extremamente fortes, no auge! Fiquei muito feliz! Não via a hora de parir! 
Na reavaliação, constatado; progressão de dilatação, vamos parir Mamãe! Vou romper a bolsa amniótica para induzir as contrações e vamos acompanhando a progressão, da dilatação!
Era muita felicidade e medo! Sei que em cerca de 50 minutos da ruptura da bolsa, eu dilatei de 3cm para 8cm, sem soro, sem bola, sem banho, somente eu lá, deitada naquela maca com dor e medo, quase desmaiando a cada contração! 
Infelizmente, desisti do meu parto normal pela fala infeliz de uma pediatra neonatal, que acompanhava a minha equipe, e ela veio me dizer no auge do meu momento frágil que a raquidiana tirava a dor daquelas terríveis contrações na hora, e eu, na minha santa inocência e desespero, aceitei, faltando apenas 2cm pro parto normal, fui pra mesa de cirurgia rumo à uma cesárea que poderia não ter existido, mas existiu e serviu pra ser o portal da benção mais preciosa do meu mundo; meu tão amado, sonhado e desejado filho, meu ursinho Arthur.

Arthur recém nascido, à 00:42 do dia 12/09/2014

2 comentários:

  1. Que lindo relato! Ah! Acho tão triste esses médicos que falam umas coisas dessas nos nossos momentos mais frágeis, como vamos dizer não a uma cirurgia de emergência se o médico está mandando e é nosso filhos em jogo?
    Mas graças a Deus nasceu bem e saudável. Ver nosso baby não tem preço!
    Estou adorando o blog.

    Beijos.

    Blog Jovens Mães

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    Respostas
    1. Ahh obrigada Bru! Espero que goste dos próximos posts! Beijo!

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